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segunda-feira, 27 de abril de 2009

Quem sabe a vida...



Vivemos, ou sobrevivemos e não sabemos quando a intensidade irá surgir, a vida não é algo fácil vivemos toda ela, mas guardamos apenas momentos. Como pode? 70, 80, 90 anos de momentos, que lembramos em minutos... E todo esse tempo parece que foi e nem sentimos, eu com a idade que tenho lembro-me de “momentos”, e se fosse contrabalancear veria que tive mais momentos ruins do que bons, porém nosso cérebro tem a incrível capacidade de anular os maus momentos, e realçar somente os bons em nossa lembrança e deve ser por isso que lembro deles em poucos minutos, e parecem que se vão em minutos, que duraram minutos, que tamanho afinal tem um momento?

Gostaria de fazer a vida apenas de momentos, sempre! Se a cada tempo tivéssemos um bom e novos momentos teriam infinitas lembranças, de tudo que um momento bom pode nos proporcionar...

Mas nós seres humanos, vivendo a margem de um mundo capitalista queremos “coisas” que significa, nada!!! Queremos trabalhar mais para ganhar mais “dinheiro-coisa”, queremos ter mais dinheiro-coisa para compras um carro-coisa, uma casa-coisa, tudo que o dinheiro consegue comprar que são nada menos do que coisas, e conforme vamos tendo mais dinheiro, automaticamente queremos uma nova coisa... Mas eu pergunto, e os momentos?

Será que quando pensamos nos momentos bons que a vida proporciona, pensamos nas “coisas” nos dinheiros –coisas, no como fomos promovidos ou como compramos... acho que não.

Os momentos são interpessoais, estão ligados a outrem, as ações, a boa impressão que causamos, ao bom caráter que temos, ao carinho que damos e recebemos de nossos filhos, as vezes que curamos algum mal de alguém, as vezes que demos um bom conselho, as vezes que emprestamos nosso ombro, as vezes que pedimos um ombro emprestado e fomos atendidos, as vezes que amamos, as vezes que sofremos , as vezes que de novo amamos e de novo sofremos ou fazemos alguém sofrer, alias essa tal de “amor e paixão”é o carma de nossas vidas, pois é o melhor de todos os sentimentos, se analisarmos não faz quase sentido nenhum, é a burrice do ser humano, que não aprende, alias esse é o único sofrimento que não te ensina nada, porque todo mundo já sofreu um dia por amor, e o pior que sofreu mais de uma vez! Como se não tivesse aprendido da ultima vez que sofreu, volta lá e sofre de novo... Talvez ai esteja a prova de que nossa mente é capaz de esquecer os momentos ruins, porque se não esquecesse só nos apaixonaríamos e sofreríamos uma vez!

Por isso eu digo, a vida deve ser vivida buscando sempre a felicidade, não importa o preço, não importa nada a felicidade é o que importa, porque será dela que vamos lembrar, ela que pesara na nossa balança quando formos analisar o que valeu apena, a felicidade... Talvez eu seja meio utópico, talvez até sonhe demais, mas a verdade é que vivemos tanto o amanhã que esquecemos o agora, fazemos planos projetando anos à frente como se fossemos eternos... e não somos...
Podemos morrer amanhã e esquecer de ser feliz hoje!
Procuro lembrar isso todos os dias:

Que não sou eterno.

Quero viver o momento feliz hoje, não estou a fim de esperar até amanhã.

Não quero ficar cego com ambições que trarão realizações superficiais.

Se eu sou bom, sou sim insubstituível (se não, eu não era único).

A melhor frase que conheço e define realmente a diferença da felicidade interpessoal e da felicidade “coisa” é a seguinte:

“se temos um ao outro não precisamos de mais nada”
Nesse insólito platonismo que brota minha sarcástica risada!

Um comentário:

  1. Bah, excelente. A parte que mais gostei foi da mente humana que se ela lembrasse dos momentos de sofrimento, todas as pessoas se apaixonariam apenas 1 vez!!!!
    Concordo e reforço que a vida é feita de bons momentos que são poucos e vão ser valiosos no futuro.

    JP

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